Em uma temporada até agora dominada pela cantora inglesa Adele - há meses nos primeiros lugares das paradas de álbuns e singles da Billboard - e com a forte concorrência das conterrâneas Lady Gaga, Britney Spears, Katy Perry, Taylor Swift e Rihanna, a estrela americana do R&B Beyoncé, 29 anos, lança hoje o seu quarto disco solo: ‘4’ (Sony Music).
Em condições normais, um lançamento da bela e desejada mulher do rapper Jay-Z é, naturalmente, cercado de muita expectativa. Afinal, trata-se de uma pop star de primeira grandeza, que já vendeu mais de 75 milhões de discos, ganhou 13 prêmios Grammy - 10 na carreira solo e 3 com o grupo Destiny’s Child - e que, mesmo estando de férias, entre maio de 2010 e maio deste ano, faturou US$ 35 milhões, de acordo com a revista Forbes.
Pressão Desta vez, porém, a expectativa em torno de um novo disco de Beyoncé aumentou ainda mais. Explicase: lançado dia 21 de abril nos EUA, Run the World (Girls), o primeiro single - música de trabalho comercializada nos formatos físico e digital - não emplacou. Chegou, no máximo, ao 29º lugar da parada Hot 100 da Billboard (atualmente, está em 78º).
O que aconteceu? Influenciada pelo afrobeat do lendário Fela Kuti (1938-1997) e pelo funk pancadão carioca, graças a um sample da canção Pon de Floor (da dupla Major Lazer), Run the World (Girls) é ótima, impactante mesmo, mas tem texturas sonoras inovadoras demais para o público habitual da cantora. E nem o videoclipe foi capaz de reverter a situação.
Diante da fraca reação comercial ao primeiro single e do vazamento de todo o álbum na internet, no último dia 8, a Columbia (Sony) acendeu a luz amarela em relação ao desempenho comercial do disco para o qual a artista gravou nada menos do que 72 canções. Imagine o problema na hora de escolher 12 faixas?
Os patrões da Columbia duvidam que ‘4’ consiga repetir êxito dos seus antecessores por não conter singles fortes o suficiente. O jornal New York Post revelou que a gravadora sugeriu mudanças no disco, mas a artista recusou.
Dona do nariz Não é difícil entender porque Beyoncé está pagando pra ver. Além do seu poder no showbiz e da sua popularidade, razões pelas quais ela ousa inovar, ‘4’ é o primeiro disco gravado sem a orientação de Matthew Knowles, seu pai e empresário desde a adolescência. Eles não brigaram: apenas se separaram nos negócios.
“Sinto que minha função na indústria é expandir os limites e eu evoluí com o tempo”, afirmou a estrela, sem modéstia, à revista Rolling Stone americana.
Na verdade, com exceções de faixas como Countdown e Run the World (Girls), espécie de hino de guerra feminino, o bom ‘4’ é o disco com material menos rebolativo e alegre de Beyoncé, que está filmando um remake de Nasce uma Estrela, sob direção de Clint Eastwood.
O que impera são baladas em que o R&B flerta com o pop eletrônico experimental, como I Care e Start Over, ou com sabor dos anos 70, como a ótima Party, parceria com os rappers Kanye West e Andre 3000, do OutKast.
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Quarto disco solo de Beyoncé chega às lojas cercado de expectativas
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